Clubes teresinenses no Brasileiro da Primeira Divisão (1962-1986) - PARTE 1
27/7/2017 - Atualizado em 2/10/2023
Falar em Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol é meio complicado visto que as divisões de acesso e descenso só começaram a valer mesmo no final da década de 1980. Isso porque o torneio principal do Brasil, chamado popularmente de Nacional, era uma avalanche de clubes.
Curiosamente, nunca um time do interior do estado esteve na divisão principal do futebol brasileiro representando o Piauí. De 1962 até 1986, apenas equipes de Teresina (River, Flamengo, Tiradentes, Piauí e Auto Esporte) participaram do Brasileiro da Primeira Divisão levando uma incrível multidão aos estádios e possibilitando mais uma opção de lazer e sociabilidade aos teresinenses.
Foram ao todo 21 campeonatos que os clubes da capital estiveram muitas vezes com vexatórias derrotas e péssimas colocações finais, mas também com excelentes campanhas e vitórias expressivas – principalmente contra os ditos clubes grandes – sendo estas duas últimas motivo de orgulho para o nosso futebol.
1. Campeonato Brasileiro de 1962 (4ª Taça Brasil)
River campeão piauiense de 1962 no campo do Lindolfo Monteiro.
Destaque para os jogadores segurando a bandeira do Piauí.
Todos atuaram nas duas partidas contra o Ceará em setembro pela Taça Brasil.
(Novembro de 1962 / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Com a unificação dos títulos em 2010 pela CBF, a Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa ganharam status de Campeonato Brasileiro. Por esse motivo, a edição de 1962 da Taça Brasil oficialmente se transformou no primeiro Nacional que um clube teresinense participou, embora isso já fosse considerado faz muito tempo.
Coube ao River do técnico Manoel da Silva, o "Né", e das estrelas Valdeck, Tassú e Vilmar a proeza de representar o Piauí no certame com duas partidas no sistema de mata-mata, ida e volta, contra o Ceará Sporting Club. Primeira partida, um empate sem gols em Teresina. Depois uma vitória cearense por 7 a 5 selou a eliminação riverina na competição. Neste jogo, no estádio Presidente Vargas, o árbitro Vicente Trajano, que mais tarde seria técnico do Esporte Clube Flamengo, foi totalmente parcial à equipe cearense interferindo diretamente no resultado.
2. Campeonato Brasileiro de 1963 (5ª Taça Brasil)
River Atlético Clube que disputou a Taça Brasil e o Campeonato Piauiense de 1963.
Em pé: Ivanildo, Filomeno, Giri, Gereba, Zequinha, o goleiro Antonio Luis e o massagista Zuca Bacana.
Agachados: Ventura, Vilmar, Valdeck, Zeca, Carrinho e Tassú.
(1963 / Acervo de Dídimo de Castro / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Comandado pelo técnico José Enio da Silva, o River conseguiu pela primeira vez a classificação para a fase seguinte ao eliminar o Sampaio Corrêa. Iniciou, porém, mal no torneio no dia 7 de agosto. Jogando fora de casa, no estádio Nhozinho Santos, perdeu por 3 a 0 para o time maranhense. Recuperou-se uma semana depois, no estádio Lindolfo Monteiro, com uma vitória por 2 a 0, gols de Valdeck e Zeca.
Como o regulamento não previa saldo de gols, foi realizada uma terceira partida, dois dias depois, em um 16 de agosto, aniversário de Teresina. Milhares de espectadores que se dirigiram ao Lindolfo Monteiro vibraram bastante ao ver Zeca desempatar a partida na prorrogação e invadiram o campo ao final do jogo para celebrar o memorável feito. O resultado levou o River a jogar contra o Paysandu de Belém do Pará. Duas derrotas – uma por 3 a 1 no Lindolfo Monteiro e outra por 1 a 0 no velho Baenão (Campo do Remo) – puseram fim ao avanço tricolor.
3. Campeonato Brasileiro de 1964 (6ª Taça Brasil)
Equipe do River que jogou a Taça Brasil de 1964, atual 6ª edição
do Campeonato Brasileiro de Futebol.
(1964 / Acervo de Eraldo Francisco de Paula “Loloca” / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Em sua terceira participação seguida, resultado do hexa no Campeonato Piauiense (1958 a 1963), o River mais uma vez tinha um adversário maranhense pela frente. Dessa vez era o Maranhão Atlético Clube. Sem dificuldades, a equipe do técnico José Enio da Silva goleou o clube de São Luís por 4 a 1, todos os tentos marcados pelo trio sensação do estadual: dois gols de Pedroca, um de Tassú e outro do pernambucano Loloca.
Parecia que o time passaria de fase outra vez repetindo o feito da Taça Brasil de 1963. No entanto, o Maranhão fez valer a sua qualidade como equipe local. No antigo e hoje inexistente estádio Santa Izabel, em São Luís, venceu o River tanto na partida de volta como no terceiro jogo decisivo.
4. Campeonato Brasileiro de 1965 (7ª Taça Brasil)
O Flamengo do técnico Vicente Trajano montou uma boa equipe encerrando a série de títulos do River no estadual. A conquista possibilitou a vaga na Taça Brasil em dois jogos contra o Sampaio Corrêa. Mas não conseguiu repetir a façanha. A Bolívia maranhense superou o rubro-negro teresinense com placares idênticos: no dia 18 de julho, 1 a 0 no estádio Santa Izabel e no dia 25 de julho outro 1 a 0 no Lindolfo Monteiro.
5. Campeonato Brasileiro de 1966 (8ª Taça Brasil)
Equipe do Flamengo que disputou o Campeonato Piauiense e a Taça Brasil de 1966.
Em pé: Maneca, o goleiro Brito, Celso, Eustácio, Roberto e Macalé.
Agachados: Mano, Evandro, Paulinho, Ercy e Airton.
(1966 / Acervo de Dídimo de Castro / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Mais uma vez o Sampaio Corrêa cruzou o caminho do Flamengo no Nacional. A história, porém, foi diferente. Na primeira partida Salvador e Sabará deram a vitória rubro-negra e um empate em 1 a 1 (Paulinho para o Flamengo e Carlos Alberto para o Sampaio), em São Luís, deu a vaga inédita ao clube teresinense na próxima fase.
O adversário era o Paysandu. Primeiro jogo no estádio da Curuzú, em Belém do Pará, uma derrota por 2 a 0. Na partida de volta em Teresina acontece algo inusitado: marcada para 14 de agosto teve que ser adiada para o dia seguinte porque o time paraense foi atacado por uma forte intoxicação alimentar. Se o mal-estar interferiu ou não o fato é que o rubro-negro venceu por 2 a 0 forçando uma terceira partida.
No gramado do Lindolfo Monteiro empate sem gols no tempo normal que seguiu assim até o final da prorrogação. O regulamento não previa disputa por pênaltis, mas uma simples decisão no cara ou coroa! O árbitro Airton Vieira de Moraes lança a moeda e dá cara, que havia sido escolhida por Giorgio Falângola, dirigente do Paysandu. E foi assim que o Flamengo foi eliminado na moedinha, algo raro no mundo do futebol.
6. Campeonato Brasileiro de 1967 (9ª Taça Brasil)
A CBD inovou na tabela e a Taça Brasil passa a ser disputada primeiro por grupos regionais de três ou quatro equipes. O representante piauiense foi o Piauí Esporte Clube que pela primeira vez disputava o Nacional. Estreou no dia 30 de julho, no estádio da Curuzú, perdendo para o Paysandu pelo placar de 2 a 1. Depois duas partidas contra o Moto Club: empate sem gols no Nhozinho Santos e derrota pelo placar mínimo no Lindolfo Monteiro. A vitória contra o Paysandu não impediu a desclassificação no torneio.
7. Campeonato Brasileiro de 1968 (10ª Taça Brasil)
Piauí Esporte Clube que disputou o Torneio Norte-Nordeste e a Taça Brasil de 1968.
Em pé: Chico Dedão, o goleiro Batista, Manuelzinho, Nonato Leite, Aluísio e Valdivino.
Agachados: Carrinho, Sima, Lelé, Valdimir e Batistinha.
(1968 / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
O Piauí manteve a mesma base da Taça Brasil anterior com o goleiro Batista, Manuelzinho, Pila, Nonato Leite, Valdimir, Aluísio e Valdivino. Somado a isso teria a estreia de Sima. Em início de carreira, havia se destacado no Torneio Intermunicipal e nas categorias de base do Enxuga Rato sendo que esse seria seu primeiro Campeonato Brasileiro. Dos cinco gols marcados pelo Piauí na competição, dois seriam anotados por Sima.
Com esses jogadores, o time teresinense foi vice-campeão do grupo Norte no Torneio Norte-Nordeste. Na Taça Brasil passou por América de Natal (2 a 0) e Campinense (1 a 0) indo à segunda fase sendo eliminado pelo Moto Club de São Luís.
8. Campeonato Brasileiro de 1973 (3º Campeonato Nacional de Clubes)
Lance da partida Tiradentes 0 x 0 Fluminense (RJ), no estádio Albertão, válida pelo Campeonato Brasileiro de 1973. Aos 26 minutos do primeiro tempo o jogo foi interrompido devido a um tumulto nas arquibancadas.
(25 de agosto de 1973 / Jornal O Dia / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Cinco anos depois o Piauí voltaria a participar de fato da Primeira Divisão. A antiga CBD havia criado o Campeonato Nacional de Clubes, em 1971, resultado do sucesso da Taça de Prata (Torneio Roberto Gomes Pedrosa) realizada entre 1967 e 1970. A entidade resolveu estender o torneio para outras praças do Brasil já de olho no poderio que isso poderia lhe proporcionar.
No entanto, o estado do Piauí, em especial a capital Teresina, não possuía estádios com capacidade para mais de 20 mil espectadores o que inviabilizava a participação no campeonato. O acanhado Lindolfo Monteiro, por exemplo, não chegava nem a 10 mil. O governador Alberto Silva e boa parte de jornalistas e desportistas iniciaram campanha que resultou na construção e inauguração do estádio Albertão, em 1973, ano que foi terreno propício a inaugurações de obras, eventos e todo tipo de mudança física em Teresina. Cabe lembrar que no jogo inaugural parte do gradil da arquibancada se rompeu devido a um tumulto na torcida motivado pelo boato de que o estádio estava caindo, ocasionando na tragédia que matou cinco pessoas e deixou várias outras feridas.
O goleiro Toinho e Gerson Andreotti.
O Campeonato Nacional de Clubes proporcionou a ambos jogar em clubes grandes de São Paulo e Rio.
(1973 / Acervo da revista Placar / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: Ademar Danilo dos Santos “Carioca”)
A equipe que representou nosso futebol foi a Sociedade Esportiva Tiradentes, o popular Tigrão ou Amarelão da Polícia Militar. Garantiu vaga no certame nacional ao eliminar River e Flamengo no estranho Torneio Seletivo o que gerou protestos de dirigentes e torcedores riverinos e rubro-negros. As primeiras partidas do Tiradentes eram sempre acompanhadas de vaias – como bem acompanhou a revista Placar na época – que gradativamente sumiram com a boa campanha e as sucessivas vitórias principalmente contra Corinthians (1 a 0), Coritiba (2 a 1) e Fortaleza (1 a 0).
Os bons resultados levaram o Tiradentes à próxima fase da competição e à colocação final em um expressivo 19º lugar à frente, inclusive, dos cariocas Flamengo e Fluminense, este último campeão estadual na época.
9. Campeonato Brasileiro de 1974 (4º Campeonato Nacional de Clubes)
Jogadores do Tiradentes que disputaram o Campeonato Brasileiro de 1974.
Em pé: O goleiro Toinho, Gilson, Ronaldo Alves, Almir, Célio Rodrigues e Bitonho.
Agachados: Sima, Maranhão, Miltão, Assis Paraíba e Santos.
(1974 / Acervo de Severino Filho “Buim” / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Um acordo feito em abril de 1973 entre clubes e a Federação Piauiense de Desportos apontou que o representante piauiense no Nacional de 1974 seria a equipe campeã estadual de 1973. O River com o goleiro Dé, Chumbinho, Derivaldo, Paulo Choco, entre outros, conquistou o aludido título. Os cartolas da Federação, porém, vendo a boa campanha do Tiradentes no Brasileiro 1973 terminaram por desrespeitar o combinado e indicaram o Tigrão para participar do Brasileiro de 1974.
O Tiradentes não decepcionou. Ótimos triunfos contra o Botafogo (1 a 0) no Albertão e Vitória (2 a 1) em pleno estádio da Fonte Nova, em Salvador, deixaram o clube a 1 ponto de se classificar para a próxima fase. Terminou na 25º colocação final.
10. Campeonato Brasileiro de 1975 (1º Copa Brasil)
Tiradentes no gramado do estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC), durante o Campeonato Brasileiro de 1975.
Na imagem, os jogadores Ubirani e Derivaldo, e a torcida do Figueirense ao fundo.
O braço com camisa longa azul (cortado na fotografia) é do goleiro Jorge Hipólito.
(12 de outubro de 1975 / Acervo de Deusdeth Nunes “Garrincha” / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
A proximidade com o Brasileiro a se iniciar dia 20 de agosto resultou em falta de datas para as finais do estadual. A Federação Piauiense de Desportos decide dividir o título entre River e Tiradentes e surgiu o problema sobre quem ficaria com a vaga no Nacional. A politicagem falou mais alto e o Tiradentes foi escolhido de novo como representante do nosso futebol fato que irritou de uma vez por todas Afrânio Nunes, dirigente riverino, tendo como consequência a desistência de seu clube de participar do Piauiense de 1976.
Gols de São Paulo 2 x 0 Tiradentes, no Morumbi, válido pela penúltima rodada da segunda fase do Campeonato Brasileiro de 1975. Apesar da derrota e desclassificação diante dos são-paulinos, o Tigrão obteve o 21º lugar na colocação final.
(6 de novembro de 1975 / TV Bandeirantes / Acervo digital Teresina Antiga / Narração: Alexandre Santos)
Porém, o Amarelão da PM conseguiu ótimas vitórias, principalmente em casa, no Albertão, diante de América do Rio (2 a 0), Flamengo (3 a 2), e Palmeiras (1 a 0), na época a Segunda Academia contando com ótimos jogadores como o goleiro Leão, o lateral Eurico e o meia Ademir da Guia. Classificou-se para a segunda fase ao lado de Cruzeiro, Corinthians, Fluminense e Guarani (SP). Não conseguiu os mesmos resultados da primeira fase – a eliminação de fato veio com a derrota no Morumbi para o São Paulo de Muricy Ramalho, Serginho Chulapa e do goleiro Waldir Peres -, mas garantiu um 21º lugar na classificação final.
11. Campeonato Brasileiro de 1976 (2º Copa Brasil)
Lance de Flamengo (PI) 2 x 3 Flamengo (RJ), no estádio Albertão, válido pelo Campeonato Brasileiro de 1976.
(4 de setembro de 1976 / Acervo de Severino Filho “Buim” / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
A desistência do River em participar do Campeonato Piauiense e a morte do corretor de veículos Jacob Ferreira Lima, em junho de 1976, em que estavam envolvidos os jogadores Jorge Costa, Mundinho, Ivan Limeira, Oliveira Piauí e Erasmo, resultando na desativação do departamento de futebol profissional do Tiradentes, abriu caminho para o título do Flamengo no estadual e, como consequência, a vaga no Brasileiro.
Embarque do Flamengo a São Luís para enfrentar o Sampaio Corrêa pela 1ª rodada do grupo F do Campeonato Brasileiro de 1976.
(1976 / Jornal O Dia / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
Mesmo não tendo o mesmo apoio financeiro dado anteriormente ao Tiradentes pelo Governo do Estado, contou com bons jogadores, a maioria prata da casa. Fez uma campanha razoável somando ao final oito pontos ganhos e o 38º lugar dentre 54 equipes.
12. Campeonato Brasileiro de 1977 (3º Copa Brasil)
Equipe do Flamengo no gramado do estádio do Pacaembu minutos antes de enfrentar o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 1977.
Destaque para a presença do meia piauiense Rui Lima em sua curta passagem pelo rubro-negro teresinense.
Jogou pela Portuguesa de Desportos e pelo Marília vindo a falecer em 1982 vitimado por um acidente de carro.
Em pé: O goleiro Bartolomeu, Nilo, Jorge Luís, Marcos, Augusto e Edinho.
Agachados: Paulinho, Décio Costa, Rui Lima, Jeová e Israel.
(2 de novembro de 1977 / Acervo da revista Placar / Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: José Pinto)
River e Flamengo, as duas melhores equipes do Campeonato Piauiense de 1977, ganharam o direito de disputar o Nacional ajudados pelos conchavos políticos da época e o ideal de integração nacional do Regime que interferiu diretamente no número de participantes. Até então o Piauí só tinha direito a uma vaga.
Gols de Corinthians 3 x 0 Flamengo (PI), no Pacaembu, válido pelo Campeonato Brasileiro de 1977.
(2 de novembro de 1977 / TV Globo / Acervo digital Teresina Antiga / Voz: Léo Batista)
Os dois times foram mal no torneio. Com 62 clubes no total o tricolor ocupou apenas o 41º lugar e o rubro-negro o 56º na colocação final mesmo tendo em seus escretes as estrelas Sima e Rui Lima que sozinhos nada puderam fazer. Com um futebol inexpressivo no Brasileiro restou só a inútil briga em alguns jornais teresinenses acusando o River de ser um clube nascido das elites e o Flamengo com raízes populares.
O Rivengo pelo Brasileiro de 1977 que terminou empatado em 2 a 2.
(20 de novembro de 1977 / Acervo da revista Placar /
Acervo digital Teresina Antiga / Foto por: n/d)
O feito curioso na competição para o futebol local foram os Rivengos disputados no Albertão, a primeira vez que as duas equipes se enfrentaram na Primeira Divisão. Um pouco mais de treze mil pessoas viram o empate em 2 a 2 no dia 20 de novembro. Menos de um mês depois se enfrentariam ainda em uma repescagem do grupo M. Outro empate, mas dessa vez sem gols.